A
reconfiguração do sistema internacional, nomeadamente no continente africano,
durante a primeira década do século XXI, motivou uma reflexão profunda sobre o
papel de cada um dos diferentes actores na cena política internacional, que
conduziu à actualização dos principais documentos em que assenta a respectiva
postura estratégica. Assim, sucedeu com a Guiné Bissau, designadamente na área
da defesa nacional, com a aprovação do Conceito Estratégico de Defesa e
Segurança Nacional (CEDN) 2017.
A
crescente vaga de globalização a que se vem assistindo, catalisada por uma
verdadeira revolução na área das Tecnologias, acelerou o ritmo de mudança no
ambiente internacional, conduziu à reconfirmação dos espaços de interesse dos
atores internacionais num quadro alargado de objectivos comuns, em que a
concertação, o diálogo e a cooperação têm sido instrumentos privilegiados de
actuação.
Nesse
quadro, ocorrerá um decrescimento das intervenções de natureza multilateral,
que necessitarão, cada vez mais de ser legitimadas pela comunidade
internacional. É neste âmbito que a ONU, tendo sabido manter um importante
papel ao nível da prevenção e resolução de conflitos, pode garantir o “primado
do direito” e assumir um posição de ainda maior relevância.
No
espaço alargado em que a Guiné Bissau se insere, têm vindo a ser adoptados
novos conceitos estratégicos, sendo exemplo o Conceito Estratégico da CEDEAO,
que veio redefinir no âmbito de actuação da organização, aumentar e reforçar a
cooperação entre os seus membros, e aprofundar as relações com os seus
parceiros estratégicos. Por outro lado, foram dados importantes passos no
sentido de dotar a UA de uma política própria de segurança e defesa e dos
instrumentos para a sua aplicação.
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